Serei eu assim tão igual,
Igual a ele, aos outros, a todos?
Serei eu assim tão preto e branco?
Tão igual?
Serei eu sempre à espera,
Sempre à espera da resposta.
Igual?
Sentado, de chapéu na mão,
Mendigando pedaços de palavras tuas.
Igual?
Serei eu igual quando esbarro nos teus muros
de silêncio
Na tua aparente desatenção,
Que se revela mais atenta que uma sentinela?
Serei assim,
Tão igual?
Que não mereça uma oportunidade?
É certo que esta minha melancolia
Está por demais sujeita aos caprichos do tempo
E como todo o homem, que se enfada da
monotonia dos dias
Para se distrair inventa um ou outro
passatempo.
Mas já lá iremos, porque por agora falamos de
igualdade.
©2014 Alexandre Alves-Rodrigues
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