Prenha de espessa insensatez
A pena daquele poeta proscrito,
Estranha musa um dia me fez,
Que amores de mim esse maldito?
E em que pátria de bruma se move?
Arcana como a de que sou cativa?
Há um sitio onde a distância morre
Num abraço demorado na noite furtiva.
Percorram-me inquietas suas pupilas,
Braços quentes, raios de sol aos molhos.
Estilhaçam-me o frio das melancolias
Sorrindo para mim seus meigos olhos.
Na Terra que nos separa caem ao chão,
No orvalho das tristezas, pétalas de flor.
Império decadente, quebradiço nas pontas
Assim é a sua ilusão de amor.
© Alexandre Alves-Rodrigues 2016
Arcana como a de que sou cativa?
Há um sitio onde a distância morre
Num abraço demorado na noite furtiva.
Percorram-me inquietas suas pupilas,
Braços quentes, raios de sol aos molhos.
Estilhaçam-me o frio das melancolias
Sorrindo para mim seus meigos olhos.
Na Terra que nos separa caem ao chão,
No orvalho das tristezas, pétalas de flor.
Império decadente, quebradiço nas pontas
Assim é a sua ilusão de amor.
© Alexandre Alves-Rodrigues 2016
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