Um cheiro a sabonete fresco de flores
Que ainda me povoa a memória
O sorriso de miúda cheia de graciosidade
Que ainda hoje me comove inteiro
Era de ti que emanava.
O andar cheio de insegurança
Que me cativava tanto
Saltitava titubeante,
Num rosto sardento e trigueiro
Era de ti que debandava.
Dos verões de alegria vestias
Sabores de frescura e maresia
Conchas brancas e saias de cores
Nos olhos trazias um Sol perene
Que de ti ofuscante luzia.
E era nas praias que te encontrava
Trazida pelas marés da imaginação
Sem saber que ninguém te pertencia
E encontrava-te por toda a parte
E em toda a parte sentia que te perdia.
©Alexandre Alves-Rodrigues 2014
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