Imagina no fim dos tempos, um Apocalipse.
Um astro gordo saciando-se de planetas,
adiando impotente o seu inevitável fim.
Cientistas juram que acharam sete Terras.
Sete Terras para adiar o nosso fim.
Há detritos no canal. Não há fim à vista.
As lápides dos mortos cada vez mais se
aproximam da vereda.
Os mortos esperam um Apocalipse que os
salve.
Dois dedos dos meus pés dormentes enquanto
caminho.
As torres de vigia sentam-se, comovidas, à
espera,
com privilégios de primeira fila no poente
do mundo.
Os crentes buscando um Apocalipse que os
salve da morte certa.
Eu buscando um Apocalipse que me salve
desta vida incerta.
No levante, guerreiros tentam em vão, forçar
o fim-dos-tempos.
E os mortos do cemitério, à espera.
Imagina no fim dos tempos um Apocalipse.
Cientistas juram que acharam sete Terras.
Não há fim à vista. As torres de vigia
sentam-se, comovidas, à espera.
As lápides dos mortos cada vez mais se
aproximam da vereda.
Eu buscando um Apocalipse que me salve
desta vida incerta
Um astro gordo saciando-se de planetas,
adiando impotente o seu inevitável fim.
Os mortos esperam um Apocalipse que os
salve,
com privilégios de primeira fila no poente
do mundo.
Sete terras para adiar o nosso fim.
Os crentes buscando um Apocalipse que os
salve da morte certa,
adiando impotentes o seu inevitável fim.
Há detritos no canal. Dois dedos dos meus
pés dormentes enquanto caminho.
No levante, guerreiros tentam forçar, em
vão, o fim-dos-tempos.
Imagina no fim dos tempos as lápides dos
mortos cada vez mais perto da vereda.
Dois dedos dos meus pés dormentes enquanto
caminho.
Não há fim à vista. As torres de vigia
sentam-se, comovidas, à espera.
Há detritos no canal. E os mortos do
cemitério, à espera.
No levante, guerreiros tentam em vão, forçar
o fim-dos-tempos.
Os crentes buscando um Apocalipse que os
salve da morte certa.
Sete terras para adiar o nosso fim. Os
mortos esperam um Apocalipse que os salve.
Eu buscando um Apocalipse que me salve
desta vida incerta,
à espera, com privilégios de primeira fila
no poente do mundo.
Há detritos no canal. Cientistas juram que
acharam sete Terras.
Um astro gordo saciando-se de planetas,
adiando impotente o seu inevitável fim.
Imagina no fim dos tempos os mortos do
cemitério, à espera.
À espera, com privilégios de primeira fila
no poente do mundo.
No levante, guerreiros tentam em vão,
forçar o fim-dos-tempos.
Os mortos esperam um Apocalipse que os
salve. Há detritos no canal.
Cientistas juram que acharam sete Terras.
As torres de vigia sentam-se comovidas
e dois dedos dos meus pés dormentes
enquanto caminho.
Sete terras para adiar o nosso fim. Não há
fim à vista.
Eu buscando um Apocalipse que me salve
desta vida incerta.
As lápides dos mortos cada vez mais se
aproximam da vereda.
Um astro gordo saciando-se de planetas,
adiando impotente o seu inevitável fim.
Os crentes buscando um Apocalipse que os
salve da morte certa.
Imagina eu buscando um Apocalipse enquanto
caminho.
No fim dos tempos há detritos no canal.
Cientistas juram que os crentes cada vez
mais se aproximam.
Não há fim à vista buscando um Apocalipse que
me salve desta vida incerta.
Sete terras para adiar o nosso astro gordo.
E
os mortos do cemitério, saciando-se de planetas,
tentam em vão forçar o fim-dos-tempos que
os salve.
Adiando impotentes o seu inevitável fim,
acharam sete Terras.
As lápides dos meus pés mortos sentam-se,
comovidas.
À espera, guerreiros da vereda, um Apocalipse que os salve da morte certa.
As torres de vigia com privilégios de mortos
esperam um Apocalipse na primeira fila do
poente do mundo.
No levante, dois dedos dormentes à espera
do fim.
©2017 Alexandre-Alves Rodrigues