Com a imagem de tuas mãos níveas e deleitáveis
Construo em minha mente sonhos desperto.
Teus dedos são os secretos pináculos do
meu mais profundo desejo.
Têm das naturezas fortes algo; O lavor das
mulheres
Que abotoam em suas mãos
Outras mãos errantes sem medo
de perdição.
Possuem palmas que não se acanham
À luta celestial com anjos de céus boreais caídos.
Permuta, por uma vez que seja, essas
suaves pontas,
Torres de porcelana em carmim encimadas
Por meus gemidos de ti envenenados.
Mergulha-as em minhas espáduas.
Desfaz em mim a tua misteriosa aflição,
Saciando sedes antanhas de corpos cansados
de separação.
©2015 Alexandre
Alves-Rodrigues