Levantai-vos das vossas douradas cadeiras,
De onde vossos rabos forrados de dólares
estipulam,
Assentes no gume frio dos conselhos de
administração,
As vidas dos vossos servos.
Erguei os vossos copos repletos de sangue
E bebei do lucro especulativo dos
mercados.
Oligarcas do mundo, é chegada hora!
O ninho da águia foi reconquistado.
As infinitas estepes orientais subjugadas
E as grandes planícies ocidentais
ludibriadas.
Lá, de onde as grandes guerras são paridas,
Desde o amplexo das vossas fábricas
Onde obuses jorram, pelejantes,
Fortalezas nos recursos extorquidos
Às nações falhadas pela vossa corrupção.
Voltareis a esmagar a igualdade
Com o camartelo da vossa mentira.
Lutará irmão contra irmão
Desde a negra Sexta-feira
Aos parlamentos da vossa mocidade.
E continuarão iludidos os que lutam pelas
pátrias
Esvaziadas pelos nossos soldados.
Cidade a cidade, rua a rua, casa a casa.
Irmãos, semeastes a destruição das nações
Para que os vossos potentes buldózeres
Sejam pagos para as reconstruirem.
Os escravos, já não os transportamos.
Eles caminham sozinhos até vós!
Atravessando desertos,
Fugindo das guerras que lhes ofertastes
Em troca das riquezas naturais
Presenteados pelos fantoches corruptos
Sentados nos tronos tribais.
Fareis das nações vossas escravas.
Subireis muros e fronteiras carregadas de
ódio
Já propagandeastes a conformidade
E o condicionamento social
Para que as ovelhas não desgarrem.
Semeastes o ódio e o extremismo,
Subvertestes os valores da justiça e da
liberdade,
Germinastes o medo e raptastes as emoções.
O processo de estupidificação foi
concluído.
É a hora de colherdes os frutos do vosso
trabalho!
©Alexandre Alves-Rodrigues 2016
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