Caminho como se estas pernas não fossem minhas (são as tuas pernas)
Sinto-me a flutuar, olho o céu. Neste curto momento não existo, mas sinto a brisa gelada do Vento Norte (que morde como um cão) enchendo-me de vida (um sopro).
‘A minha volta os velhos edifícios, as pontes, os canais; o mundo inteiro flutua e eu flutuo como se estas pernas não fossem minhas (são as tuas pernas)
‘A minha volta tu e as outras pessoas passam e é como se estivesse só no mundo, o meu pensamento voa noutra direcção. Voa para o passado e volta de novo (esquece, não olhes para trás).
Olho de novo para os prédios, as ruas, os canais e o meu caminhar flutua.
Estas pernas não são as minhas.
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