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domingo, 16 de janeiro de 2011

O problema de Portugal

A origem do problema de Portugal (Escrito em teclado anglo-saxonico (ainda não descobri como se digita o acento circunflexo)).

Indiscutivelmente Portugal tem um problema gravíssimo que no futuro irá transformar a nossa sociedade transversalmente. Mas desde quando Portugal tem este problema? A resposta é muito simples: desde sempre.

O verdadeiro problema de Portugal são os portugueses. Todos. Desde o politico até ao simples agricultor.

PORTUGAL - DITADURA DA MEDIOCRIDADE. Os portugueses adoram a mediocridade, o jeitinho, os conhecidos (cunhas) para isto e para aquilo. Gostam de fugir aos impostos que (em teoria) pagam o suposto estado social (os hospitais, as escolas, as estradas). Adoram pagar sem factura nem recibo (e ainda se vangloriam). Vivam os chicos-espertos! Quem não é sábio a administrar o pouco também o não será no muito.
O Problema reside no facto da maioria dos portugueses acharem que só tem direitos e não tem obrigações. Que deve existir um pote mágico de onde saem os recursos para financiar o Estado Social. Ora o problema reside fundamentalmente aqui. O Estado Social deve existir com o nível de intervenção que a riqueza produzida pelo país permite! E a culpa é dos políticos, todos gritam em uníssono! Os políticos portugueses são isso mesmo: PORTUGUESES. Não vieram de Marte. Foram educados no mesmo sentido de mediocridade que os outros todos, ricos e pobres. Lamento ter de dizer isto, mas enquanto Portugal não mudar de mentalidade, não há D. Sebastião que lhe valha. Enquanto os Portugueses não tiverem amor próprio e orgulho em fazer bem, em serem o melhor da turma, o melhor no trabalho, a mediocridade imperará. Eu vivo em Inglaterra há cinco anos porque a mediocridade no nosso pais a isso me obrigou. Por muitos defeitos que os ingleses possam ter, há uma qualidade neles, nos espanhóis, nos franceses ou alemães que eu admiro: É quererem ser melhor que os outros, mesmo que não o sejam (e não são). Acreditem, não são! Mas cumprem as regras do jogo. Não há salários em atraso (porque as finanças querem logo saber porque; Não há capacidade para pagar aos credores e funcionários, fecha a porta), não há trabalho sem contratos nem recibos verdes, se puderem compram britânico, mesmo que seja uma autentica m***. Pagam os impostos, aliás dificilmente fogem (só assim se ajuda a economia, dizem eles e com razão). Em Portugal ninguém compra português porque ninguém gosta de "dar de comer a ladrões". Resultado: ficamos sem industria, toda a gente (ricos e pobres) foge aos impostos porque o "Estado e' ladrão": e o Estado e' governado por quem, Marcianos? Não, por portugueses. Por portugueses tão medíocres como os outros. As pessoas falam que os estados nórdicos são exemplares em apoio social. Pois são, mas quem de nós portugueses estaria disposto a abdicar de 40% a 50% do seu salário para impostos? A Noruega e a Suécia também já foram pobres, ate' mais que Portugal. Mas o que fizeram primeiro? Estradas, betão, estádios? Não! Educaram, educaram, educaram e depois trabalharam e desenvolveram-se e souberam gerir a riqueza, tanto é que que o Estado nesses países apresenta por norma superavits e não défices. Pois. Foram os engenheiros e gestores frutos dessa educação que criaram as SKFs as Volvos as Tetra Paks deste mundo. Por isso hoje são dos países mais respeitados do mundo e tem o melhor nível de vida (também tem os seus defeitos). E isto foi há um século quando os portugueses continuavam a ter 90% de analfabetismo. E hoje? continuamos a ter 90% de analfabetos desta vez funcionais que nem a porcaria do impresso para o B.I. sabem completar, industriais (não lhe posso chamar gestores) com tendência para o pato-bravismo que tem menos habilitações que os seus funcionários, que não entendem como uma economia funciona, o que é uma empresa, como se gere, como se cria riqueza (riqueza para muitos ainda é exibir o carro topo de gama e a casa de férias), nem muito menos o que é responsabilidade social, algo que por estes lados é quase norma.

E temos um povo endividado porque? Será  que não é apenas o reflexo dos nosso impulsos consumistas e desenfreados? Mas não! O português culpado de qualquer coisa!? Não, o português é sempre o coitadinho espoliado e explorado. O português compra casas que não tem dinheiro para pagar, mas que se lixe, o banco empresta,  quer o carro da moda, que se lixe, o banco empresta. E depois é escravo de um emprego miseravel, de um ordenado miseravel e sente-se miseravel.  E porque não teve educação suficiente nem sabedoria para ver que o dinheiro que escorria da Europa um dia ia acabar. Temos um estado endividado e mal-visto no estrangeiro porque? Porque quem o tem governado nestes últimos 25 anos e' tão mal formado como o povo que o elegeu. Não se vai la' com formulas milagrosas, nem com D. Sebastioes.
Eu assisti muito preocupado ao debate do ultimo O.E. português. Aqui em Inglaterra o governo e' confrontado com números (geralmente públicos) sobre as finanças, geralmente apoiados em relatórios e estudos independentes. E são os números que são debatidos, a ideologia só entra na parte da acção . Em Portugal, governa-se por palpites. Faz-se retórica sobre o sr. deputado que se esqueceu que há X anos o seu partido estava no governo e também não fez nada, alguns (poucos) deputados vem com os números, a custo extraídos do governo (e nem sempre fiáveis) e quando perguntam o que foi feito de X ou Y milhões de Euros a resposta é sempre a mesma: silencio (ou então: "o sr. deputado que se esqueceu que há X anos o seu partido estava no governo e também não fez nada). É esta mediocridade a que o pais esta' sujeito, mas o país (o povo, todos nós, ricos e pobres) adora revolver-se na mediocridade, na mediania, atirar as culpas para os outros e serem invejosos de quem é bem sucedido e acrescento, sem batota. Compete às pessoas valorizarem-se e não aceitarem os tratamentos que os seus patrões se habituaram a dar a muitos, até por uma questão de consciência do seu valor pessoal e profissional.
 Assim não vamos la'. Quem como eu está de fora e olha para Portugal, é como se uma "nau catrineta" já não tivesse fundo e fosse absorvida pela água (dívidas). Seria necessário redefinir as funções do estado e reestruturá-lo com inteligência e dentro das nossas reais possibilidades. Como é possível este país ter 230 deputados!? Ninguém faz contas!? Dá um deputado por cada 400 Km2. Um município por cada 300 Km2, e em muitos casos com um número de eleitores que não pagam meio presidente, quanto mais uma vereação completa! Uma freguesia por cada 20 Km2! Para não falar naquela situação de vergonha da Madeira com 56 deputados regionais, julgando eu que os Açores não andem longe do mesmo. Francamente, está tudo louco ou então há falta dos mesmos para corrigir estas palhaçadas. Mas num pais com um sistema de educação medíocre, ninguém sabe ou quer dar-se ao trabalho de fazer contas.
Podemos votar em quem quiser-mos: Cavaco, Alegre, Nobre, Passos-Coelho. Mas da mediania e da tacanhez não vamos sair!! E preparem-se bem para o futuro! A brincadeira acabou! Esta década vai ser a doer!

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