Número total de visualizações de páginas

sábado, 29 de janeiro de 2011

Receita de Sushi

O Samurai Setubalense ataca de novo e ajuda o mais empedernido saloio a tornar-se uma pessoa sofisticada aos olhos dos seus convidados na melhor das hipóteses. Na pior, toda a gente franze o sobrolho, alguns convidados chegam a arrancar um vómito e você não tem outro remédio que não seja encomendar um frango grelhado com batatas-fritas.

Ingredientes:

- Peixe do mais fresco possível, se ainda vier a saltar e a dançar tanto melhor. Se não, vá ao mercado e traga umas filetes de salmão e/ou atum fresquinho. Para não ferir susceptibilidades diga ao peixeiro que é para fritar (assim evita perguntas desnecessárias).
- Folhas de Alga Nori
- 250 g Arroz para sushi (arroz bastante glutinoso de grão pequeno)
- 330ml de água
- 1 Garrafa de vinagre para sushi (açucarado)
- 1 Pepino
- 1 cebolinho
- 1 abacate
- Esteira de bambu (para enrolar o sushi)
- Gengibre em pickle (opcional)
- Pasta de Wasabi (muito opcional)

Lave o arroz e coloque-o junto com a água numa panela ou tacho. Com a panela destapada deixe levantar fervura, tape durante dez minutos e deixe ferver em lume brando. Depois deixe descansar mais dez minutos (o tacho tapado, não vale espreitar). Deite o arroz num recipiente largo e espalhe para arrefecer rapidamente. Quando arrefecer regue uniformemente o arroz com o vinagre de sushi. Pelo menos 8 colheres de sopa, mas é tudo uma questão de gosto pessoal, poderá por mais ou menos (vá experimentando, que estas minhas receitas não são só papinha feita).
Entretanto, com uma faca de cortar filetes corte o salmão e o atum em filetes o mais fino possível (sim, daquelas que dá para ver o sol do outro lado) e reserve.

Corte o pepino, o cebolinho e o abacate em fatias longas e finas e reserve também.
Estenda a esteira, coloque uma folha de alga Nori (a parte mais brilhante virada para baixo).
Com as mãos humedecidas ( porque o raio do arroz pega-se todos ‘as mãos) espalhe o arroz em dois terços da área da folha de alga (o ultimo terço a ficar na parte mais distante de si).
Coloque uma filete de peixe a toda a largura do arroz na parte inferior. Junte uma fatia de pepino e ou/abacate e uma de cebolinho.
 
 

Agora vem a parte mais delicada desta ventura: enrolar. Se tem prática em enrolar charutos, não tem nada a ver.Enrole a esteira devagar para fazer um rolo e tente apanhar todo o arroz, deixe apenas o último terço por enrolar. Quando o bambu estiver todo ‘a volta do rolo, aperte ligeiramente de um lado ao outro para obter um rolo de tamanho uniforme.  Humedeça os dedos com água e passe pelo ultimo terço de alga como faz quando fecha o envelope da carta de Natal que envia ‘a sua tia que vive em França e lhe vai deixar toda a fortuna quando morrer. Isto ajuda a colar a alga e evitar que o trabalho todo que teve anteriormente se desmorone nas suas mãos. 

Volte a estender a esteira.

Agora que obteve o primeiro rolo repita os passos anteriores  e enrole tantos rolos quantos puder (em principio três, mas depende de quão grossos os rolos saírem).
Finalmente com uma faca bem afiada e fina (a das filetes serve) e ligeiramente humedecida corte fatias iguais (apenas descartando as pontas).
Coloque em cima de uns pratos muito estilosos (de preferência pretos e quadrados) para os seus convidados pensarem que você é uma pessoa muito sofisticada e sirva. Poderá colocar um recipiente de molho de soja japonês (não é igual ao chinês) ou então molho de soja light ao lado do prato e também o gengibre em pickle e o wasabi.
Consuma regado com uma garrafinha de sake ao lado (o seu índice de sofisticação vai aumentar exponencialmente em relação ao do volume de liquido contido na garrafa) e os respectivos copinhos (aí o seus níveis de sofisticação entram em órbita e os seus convidados já gritam histericamente) ou vinho branco meio-seco (se quiser manter o low-profile).  
Se quiser ser mesmo mauzinho ofereça-lhes um mochi para sobremesa (não, não salte em cima das pessoas, assim vai estragar tudo). O mochi é um bolinho de arroz cozido muito saboroso e que vem envolto em sementes de sésamo ou coco ralado.

Mais uma vez o Samurai Setubalense volta a salvar o dia (ou não) fazendo de si uma pessoa mais culta, sofisticada e gastrónoma.  

 (o Samurai Setubalense não se responsabiliza pela qualidade do peixe que decidir comprar nem pelos dedos cortados e muito menos por qualquer intoxicação alimentar devido a faltas de higiene pessoal e dos utensílios usados por si).

1 comentário:

  1. Posso confirmar que não foi preciso frango assado com batatas fritas e que os comensais gabaram os ditos Makis (sendo eu a excepção).

    ResponderEliminar

Comentadores de bancada